quinta-feira, 21 de julho de 2011

Sem maquiagem

Esta grossa falsa camada que infiltra meu rosto, perturba-me.
Quero me desfazer de você, quero minha verossimilhança de volta.
Quero contornos, e não formas.
Quero a vida, sem personagens.
Sou infinito, sou flores.
Percorro este céu, e vejo amores.
Não entendo o amor, e quem sabe um dia ele me entenda.
Não busco o sabor, mas quero encontrar esse perfume para saciar meu fingido pudor.
Vejo-te lá, com teus grandes e ilustres atores.
Até mais máquina que cobre este rosto, pois em minhas mãos está o demaquilante.

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