sábado, 28 de agosto de 2010

Ventos e tempos

Era uma vez, em que nada mais importava, somente o ar que ventava. Ele levava todas as impurezas, mas também consigo transportava muitas belezas. Dentre elas a mais pura era as menores partículas transparentes, aquelas que ninguém enxergava, e que todos ignoravam. O ar mesmo, que a carregava, mal a olhava, sempre pensava que não valia nada. Um dia então, ela partiu, para outros caminhos. Ninguém mais as sentiu, não passou muito tempo e alguém começou  a perceber a falta de alguma coisa, alguma coisa boa, que lhe levantava e dava alegria. Por mais pequenas, invisíveis e insensíveis que fossem as partículas, elas só estavam ali para levar um carinho ou dizer uma palavra, contudo não houve quem lhe desse atenção e assim elas partiram em vão, com um aperto no coração. Agora eles sentiam, mas agora já era tarde para sentir. Apenas vale lembrar que pequenos gestos, atos ou palavras mudam uma vida.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Segundo mudo

Explodi.
Com tudo aquilo que estava trancado em meu corpo.

Resisti.
Alguns passos me deixavam entre muros.

Insisti.
Não parei, apenas progredi.

Ouvi.
Foi onde eu mais aprendi.

Vi.
Observei cada detalhe.

Parei.
Recuperei algum tempo perdido.

Avancei.
Para onde tudo há de vir.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Mais uma vez

Eu olho para as estrelas, que se afastam cada vez mais de mim.
Olho para a lua, que muda cada vez mais rápido de fase.
Estou perdida em um céu imenso, ele está em constante transformação, e eu aqui, seguindo a mesma rotina.
Queria mudar tudo isso, fazer as estrelas e as fases da lua ganharem mais destaque, ficarem marcadas todos os dias em minhas memórias.
Memórias estas que se envolvem por nada realmente significativo.
Agora é hora de alcançar todas as estrelas possíveis, fazê-las brilharem e iluminarem meu rosto, antes que seja tarde.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Seja como for

Uma lágrima percorre meu rosto.
Ela veio de repente, ao lembrar-me de tempos que passaram ligeiramente.
Sinto tanta falta de momentos únicos. Sinto tanta falta daqueles que faziam parte desses, e mesmo que ainda estejam presentes, vejo que estão de uma forma diferente.
Não sei o que isso significa ao certo, é como se o tempo parasse por um minuto, este me trouxe de volta lembranças que já não recordava mais. Foi o tempo de ouvir a lágrima tocar o chão. Foi o suficiente para alcançar meu coração.
Está tudo avançando rapidamente, acordei e me deparei com o presente.
É um choque, tantos dias que passaram sem lições, sem derrotas ou vitórias, somente passaram, e eu fiquei parada numa rotina constante.
É triste, mas ainda há tempo, antes que mais uma lágrima me derrote, vou abrir os olhos molhados para este mundo veloz. Só percebo que o mundo continua girando, estando eu, parada ou avançando.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Liberdade de uma borboleta

Estou abrindo as assas para voar,
já não sei mais se vou voltar,
nem por onde irei passar.

O que sei, é que nunca me senti tão perto do ar,
nem tão longe do mar,
estou me afastando, e apreciando.

Não sei o que vou encontrar,
só percebo que vou viajar,
e quem sabe por lá ficar.