sábado, 28 de agosto de 2010

Ventos e tempos

Era uma vez, em que nada mais importava, somente o ar que ventava. Ele levava todas as impurezas, mas também consigo transportava muitas belezas. Dentre elas a mais pura era as menores partículas transparentes, aquelas que ninguém enxergava, e que todos ignoravam. O ar mesmo, que a carregava, mal a olhava, sempre pensava que não valia nada. Um dia então, ela partiu, para outros caminhos. Ninguém mais as sentiu, não passou muito tempo e alguém começou  a perceber a falta de alguma coisa, alguma coisa boa, que lhe levantava e dava alegria. Por mais pequenas, invisíveis e insensíveis que fossem as partículas, elas só estavam ali para levar um carinho ou dizer uma palavra, contudo não houve quem lhe desse atenção e assim elas partiram em vão, com um aperto no coração. Agora eles sentiam, mas agora já era tarde para sentir. Apenas vale lembrar que pequenos gestos, atos ou palavras mudam uma vida.

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