Movendo-se somente por mover, fechou os olhos e esqueceu o que lhe rodeava.
Caminhando como se fosse encontrar a resposta ou algo concreto que impedisse sua sede insaciável.
Não era simples como achava, não era o que procurava, não encontrava se quer a luz do sol em seu pálido rosto.
Saindo do ritmo daquela canção, procurou distanciar seus passos de tudo que recordava e que lhe trazia mágoas; mas não sentia nada além de um aperto.
Não conseguia descrever, não sabia decifrar, doia sem doer, e sua vida virou para baixo.
Inspirou, tão logo, soltou o ar.
Descobriu que o remédio estava dentro de si mesmo, que bastava levantar a face para enxergar a vida viva em sua volta.
Abriu os braços que nunca mais fechou.
Encontrou o que jamais imaginou, a si próprio.
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