Morena cor de argila
Tua pele brilha
Como o ouro na mina
Tuas marcas contam tua história
Vitória
Com gosto de derrota
Eles não te enxergam
Te invejam
E a desculpa pregam
Por que carregas a culpa
Dessa sociedade sem cultura
Que se fecha por te ver na rua?
Caminha
E continua
Deixando tua garra
Os dias seguem de luta.
quarta-feira, 3 de dezembro de 2014
sábado, 29 de novembro de 2014
Horizonte tatuado
A sombra do prédio
No chão o concreto
É um cinza eterno
Cresce como um feto
Difere, entretanto,
Pois não morre,
Fica saltando
Nos olhos do nobre
Homem sem vez
Dorme e aguenta
Aquilo que o outro fez
Infinita tormenta!
No chão o concreto
É um cinza eterno
Cresce como um feto
Difere, entretanto,
Pois não morre,
Fica saltando
Nos olhos do nobre
Homem sem vez
Dorme e aguenta
Aquilo que o outro fez
Infinita tormenta!
segunda-feira, 10 de novembro de 2014
Não se vá, borboleta, não se vá!
Meu peito te chama,
bate, grita!
Ecoa e volta,
sem resposta, sem sentir.
Não respiro, suspiro
e continuo com dor.
Está entalado, trancado
cadeado enferrujado.
Por que é tão difícil encontrar a chave
que nos impede de prosseguir?
Por que eu te dou minha vida e só te vejo fugir?
Por que traz-me a dor ao invés do calor?
Bate as assas e leva contigo seu colorido.
Deixa-me, calar, sem mais sentido.
bate, grita!
Ecoa e volta,
sem resposta, sem sentir.
Não respiro, suspiro
e continuo com dor.
Está entalado, trancado
cadeado enferrujado.
Por que é tão difícil encontrar a chave
que nos impede de prosseguir?
Por que eu te dou minha vida e só te vejo fugir?
Por que traz-me a dor ao invés do calor?
Bate as assas e leva contigo seu colorido.
Deixa-me, calar, sem mais sentido.
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
Desregular
Cinza como o concreto que cerca meus olhos
Vago
Sem foco nem ângulo
Temporal sem água
Sociedade grite por mim!
O amanhã desconhecido
A melodia esquecida
Vazio
De (in)certezas
Sigo
Vago
Sem foco nem ângulo
Temporal sem água
Sociedade grite por mim!
O amanhã desconhecido
A melodia esquecida
Vazio
De (in)certezas
Sigo
quinta-feira, 19 de junho de 2014
Imperceptível
Sobre passos longos escuto
Escuto o som dos carros, da fumaça, do caminhão
Percebo o olhar brabo, de um dia cansado, de um amanhã ainda mais difícil
Nesse traços, calo, pois me resta ver
Se andar já não é o bastante
Eu corro, porque tudo passa de repente
Se foi
Já foi?
Escuto o som dos carros, da fumaça, do caminhão
Percebo o olhar brabo, de um dia cansado, de um amanhã ainda mais difícil
Nesse traços, calo, pois me resta ver
Se andar já não é o bastante
Eu corro, porque tudo passa de repente
Se foi
Já foi?
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