quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Grite

Um, dois, três, quatro...
Quantos passos, e eles seguem.
Enquanto destraio minha mente com perguntas e lembranças, sigo andando sem um destino concreto.
Só queria esvaziar aquilo que atormenta aqui dentro, é como se eu gritasse muito, sem parar, sem respirar, e ninguém me ouvisse, e depois que o fôlego não aguentasse mais, parasse, e enfim, respirasse, e portanto saciasse toda aquela vontade que permanecia enclausurado em meu peito.
Gritei.
Perdi o fôlego.
Voltei.
Liberdade, senti tudo melhor.
Pensamentos? Nem os ouvia mais. Se pensava ou não, não dava a devida importância.
Agora era a busca do ar, dos braços jogados ao vento, e da grama em minhas mãos.
Eu tinha tudo, e sentia isso.
Eu tinha tudo, e tudo nada era.

Um comentário:

LiPe x)~ disse...

Muito bom, como sempre mistérioso!