sábado, 8 de outubro de 2011

2 segundos

Pegou a minha mão e saimos andando, tantas coisas nos rodeiam, muitas palavras se ocultam, nossos passos continuam.
Caminhamos não sabemos para onde, andamos sem direção, e assim seguimos.
Vou observando os sons, as vozes, os olhares, enquanto caminhamos em um silêncio mudo.
Quem dirá que deixamos história naquele lugar? E quantas histórias foram deixadas para trás?
Quantas vidas se foram sem gritar sua canção preferida?
Estou aqui, mas penso lá, quero fugir, correr, andar.
Sua mão agora pressiona a minha mais forte, gosto disso, me traz o aprisionamento de segurança.
Mas ainda não entendo, o que faço, como me movimento, a escuridão vem trazendo a noite, e nossas mão suadas permanecem intactas.
Deixe-me ir, preciso pensar, vamos cantar aquela música junto ao luar?
E a vida passa, meu mundo gira 360 graus em uma hora, não compreendo mais o tempo, mas isso me hipnotiza de tal forma que entro em transe.
O trem passou, mas meus cabelos ainda voam, a sensação de estar lá me envolve, sinto tudo ir e vir.
E nossas mãos, cá estão, lá estão, por onde andar, por todo aquele sempre vão estar.

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