segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Opacas eram as cores

A lente que cobria os olhos daquela menina caiu de repente.
Foi um choque quando viu na sua frente a imensa mancha de cores que há tempos não via.
Em um segundo, que repete-se a cada instante em sua cabecinha de algodão, tornou-se um momento único.
A pequenina sentia-se completa, bonita e leve como a borboleta que vira voar.
Suspira querida, suspira, e os dias hão de passar.
Em nuvens poluídas a vida seguia; em seu mundo, toda poluição era o barulho de seus pés na areia.
Corre agora pelos sedimentos levados pelo vento, sente agora a brisa que jamais sentira, vai agora aos braços da pessoa que abriu os olhos ingênuos de uma menina.
Lá se foi uma menina, lá vem uma mulher.

Um comentário:

LiPe x)~ disse...

Em claras cores, agora, a vida se mostra mais em alta difinição. Gostei muito do texto, me identifiquei com a situação. Beijos